09:00 - 12:00 Centro Cultural da UFRGS, R. Eng. Luiz Englert, 333 - Farroupilha, Porto Alegre - RS, 90040-040, Brasil Sala Abacateiro Objetivo: Desencadear uma reflexão sobre a relevância da atuação profissional do arquiteto urbanista em um mundo em intensas mudanças, no contexto da transição para Economia Circular, que contribua no 21 CBA com o objetivo de ser um evento preparatório para a UIA 2020. Resultados esperados: Esta oficina busca gerar e coletar subsídios para a construção de um posicionamento sobre como a formação e o fazer profissional podem ser impactados, e ao mesmo tempo impactar, no processo de transição para uma Economia Circular. Público alvo: A Oficina é voltada para Arquitetos Urbanistas dedicados às diversas áreas da cadeia produtiva da arquitetura e construção, àqueles envolvidos nas atividades de formação profissional e aos recém-formados em início de carreira. Justificativa: Vivemos um tempo de intensas mudanças, onde pressões tecnológicas, sociais e ambientais desafiam a visão de desenvolvimento das cidades. O Arquiteto Urbanista vem atuando dentro de uma cadeia de produção baseada no modelo econômico linear que vem se mostrando insustentável. Neste cenário de transição, cresce a consciência sobre a influência das decisões do arquiteto urbanista no ciclo de produção e uso dos edifícios e das infraestruturas das cidades, considerando seus impactos econômicos, sociais e ambientais. Somos desafiados a pensar e atuar, não apenas para diminuir impactos negativos como também para aumentar impactos positivos, no desenvolvimento de formas mais inclusivas de prosperidade bem como na busca por modelos de gestão mais racional e sustentável dos recursos. É urgente desencadear uma reflexão sobre o papel e o comprometimento do arquiteto e urbanista no esforço mundial de transição do paradigma de produção linear atual para um modelo econômico mais sustentável. O modelo econômico circular é uma alternativa que visa construir capital econômico, natural e social, onde “resíduos=nutrientes”*, fundamentando-se na adoção de fontes de energia renovável, e baseando-se em três princípios : 1) não gerar lixo e poluição; 2) manter os recursos - produtos e materiais - em uso, pelo maior tempo com máxima qualidade possível; 3) apoiar e regenerar os sistemas naturais. (*Conceito cunhado por McDonough and Braungart em “Cradle to Cradle”) Sobretudo, o compromisso contido no parágrafo 71 da Nova Agenda Urbana nos remete ao chamamento para uma atuação profissional mais consciente e responsável incorporando uma visão sistêmica da gestão dos recursos nos fluxos do metabolismo urbano, com o desafio de recuperar, e ampliar, a capacidade dos ecossistemas naturais e construídos, dentro de um modelo econômico de produção e consumo mais circular e sustentável. Comprometemo-nos a fortalecer a gestão sustentável de recursos, incluindo terra, água (oceanos, mares e água doce), energia, materiais, florestas e alimentos, com especial atenção para o manejo ambientalmente correto e a redução de todos os resíduos, produtos químicos perigosos, incluindo poluentes atmosféricos e climáticos de curta duração, gases de efeito estufa e poluição sonora, de modo que sejam considerados os vínculos urbano-rurais e cadeias de valores e suprimento funcionais face à sustentabilidade e ao impacto ambiental, em um esforço para a transição para uma economia circular, também facilitando a conservação, a regeneração, a recuperação e a resiliência do ecossistema frente a desafios novos e emergentes. (Parágrafo 71, Nova Agenda Urbana: Declaração de Quito sobre Cidades e Aglomerados Urbanos Sustentáveis para Todos, Habitat III - ONU.) Portanto esta oficina pretende, no âmbito do 21CBA rumo a UIA2020 e considerando a Nova Agenda Urbana, introduzir uma reflexão sobre o papel do arquiteto e urbanista no esforço de transição para uma economia circular frente aos desafios do desenvolvimento sustentável. Número de vagas: 50 Carga horária: 3h